Watchmen e História: um pouco de heróis, medo e Guerra Fria - Lendo Quadrinhos

Partindo de 1984, do ano em que se passa o romance de George Orwell, Alan Moore e Dave Gibbons deram inicio a produção de uma história em quadrinhos para DC Comics. O propósito era criar mais uma ótima HQ, no entanto, acabaram por criar uma das histórias que revolucionaram a 9° arte e acabaria elevando-a novamente a essa denominação (arte). Tinham em mente terminar a Graphic Novel Watchmen em 1985, mas ela só passou a ser publicada em 1986, finalizada um ano depois. Por acreditarem que terminariam um ano depois do termino da obra de Orwell, toda a história dos vigilantes mascarados desse universo criado pelos dois se passa em 1985, iniciado em 12 de outubro, com sangue de um homem morto na sarjeta, sendo limpo com água e escorrido pelos esgotos.

Um esfarrapado, provável morador de
rua, passa ao lado carregando consigo uma placa escrita “O Fim Está Próximo”.
A ligação de ambos os acontecimento, o assassinato do homem, Edward Blake, e do
cartaz anunciando o fim do mundo, dá inicio a uma das histórias mais renomados
no mundo das HQs, da ficção e inclusive da literatura, ganhando o prêmio Hugo,
um dos maiores no meio literário mundial.
Watchmen
nos é apresentado como uma realidade alternativa, onde heróis realmente existem
e seu peso é extremamente significante no contexto político, social – nacional
e internacionalmente. A primeira formação de um grupo de heróis remonta a
década de 1940, os Homens-minuto, apresentando homens e mulheres dispostos a
vigiar o crime e combate-lo. No entanto, nenhum deles apresenta poderes. O
“Super” não é visto, e mesmo utilizando de vestimenta própria e uma máscara,
eles ainda são humanos, com todo seu peso ideológico, moral, ético, social,
econômico; assim como defeitos e valores, que influenciam muito em seus
princípios, naquilo que os move.
Alguns da “velha-guarda” são mortos;
outro sumiu misteriosamente – vindo à tona notícias não oficiais que ele era um
comunista. Um deles foi internado num hospício e outros dois se aposentaram
oficialmente. No entanto, adentrando na década de 1950, os tempos eram outros e
o estrago da existência de heróis reais no mundo real já havia acontecido. Com
isso, todo o repertório social mudou, crianças foram inspiradas conforme a
Guerra Fria se consolidava no cenário mundial e a sombra dos homens-minuto
aumentava. Já na década de 1960, dá inicio há mais um novo grupo de heróis
mascarados, esses os personagens principais de Watchmen. Dr. Manhattan –
o único que apresenta poderes, podendo controlar e moldar a matéria ao seu bem
entender –, Coruja, Rorschach, Comediante – o único que pertenceu à formação dos Homens-minuto –, Ozymandias e Espectral.


Essa segunda leva de heróis atuou
constantemente no cenário norte-americano, mexendo claramente com a opinião
publica, o meio social e a política, culminando na Lei Keene em 1977, tornando
os vigilantes ilegais, isentos apenas se trabalhassem para o governo;
aposentando-os forçadamente. Nessa “segunda fase”, O Comediante e o Dr. Manhattan,
passam a trabalhar para o governo estadunidense, interferindo constantemente no
cenário internacional, no contexto de uma Guerra Fria mais delicada e frágil. Ambos
participaram da Guerra do Vietnã, apresentando a primeira grande mudança
histórica, pois os Estados Unidos acabam ganhando a guerra, alterando
concomitantemente o cenário interno norte-americano, em que o presidente
Richard Nixon, visto claramente em cartazes espalhados pela cidade, por
conduzir seu país a vitória fora eleito mais vezes e ainda se mostra como o
presidente dos Estados Unidos em 1985 –
nessa realidade o caso Watergate, que culmina na renúncia de Nixon, é
abafada.
A história começa justamente com o
único herói, sem ligação com o governo, que continua na ativa mesmo depois da
Lei Keene. Rorschach investiga a
morte de Edward Blake, logo
descobrindo que ele era o Comediante.
Dá inicio então a sua teoria de um assassino de heróis, sendo fortalecida com o
exílio do Dr. Manhattan – que durante
um programa de TV em que foi convidado é pesadamente condenado pela mídia como
causador de Câncer – e um atentado contra a vida do homem mais inteligente do
mundo, Adrian Veidt, que fora
conhecido com o herói Ozymandias
(havia revelado sua identidade dois anos antes da Lei Keene). E mais uma vez
ela parece uma teoria real quando o próprio investigador, Rorschach, cai numa emboscada e é preso.
O
Abismo Também Contempla: Guerra Fria, Watchmen e o Medo
Após o fim da Segunda
Guerra Mundial e a vitória dos aliados, dois grandes países emergiram como potências
dominantes: Estados Unidos da América e a União(EUA) das Repúblicas Socialistas
Soviéticas(URSS). Esses dois países disputaram nos 45 anos seguintes, pelo
cenário internacional construído e divulgado fortemente pela mídia, uma corrida
pela hegemonia mundial. Dividindo assim o mundo em dois polos que estariam no
cenário político ao longo das décadas: Socialismo e Capitalismo. “Como a URSS,
os EUA eram uma potencia representando uma ideologia, que a maioria dos
americanos acreditavam ser o modelo para o mundo.”(HOBSBAWM: 1996, p232). Segundo
Hobsbawm, grande historiador do século XX, o medo de uma Guerra Nuclear entre
esses dois países na verdade era nula ou quase nula (meio louco essa ideia,
né?).
Acontece que após os primeiros anos do pós-guerra e a distribuição de forças e de dominação – ou seja, a influência direta e indireta dos dois países pelo mundo –, o perigo de uma Terceira Guerra Mundial foi diminuindo, pois o cenário real, contando com a visão do historiador, prevaleceu equilibrada e sem perigo algum. Esse período denominado Guerra Fria, justamente por não apresentar confronto direto entre as duas grandes potências, acaba por demonstrar aspectos hostis e de extremo perigo, visto pela grande concorrência econômica, a corrida armamentista, diversas guerras distribuídas pelo globo – como a da Coréia e do Vietnã –, participação política de ambos os lados em países do Terceiro Mundo (denominação àqueles que não eram socialistas e não eram desenvolvidos) e do Oriente Médio. O aumento da produção de armas atômicas tanto da URSS, EUA, quando de outros países europeus e asiáticos, geraram no panorama e na mentalidade mundial da época a sensação do medo de uma real guerra nuclear. “Gerações inteiras se criaram à sombra de batalhas nucleares globais que, acreditava-se firmemente, podiam estourar a qualquer momento, e devastar a humanidade.” (HOBSBAWM, p224)

Acontece que após os primeiros anos do pós-guerra e a distribuição de forças e de dominação – ou seja, a influência direta e indireta dos dois países pelo mundo –, o perigo de uma Terceira Guerra Mundial foi diminuindo, pois o cenário real, contando com a visão do historiador, prevaleceu equilibrada e sem perigo algum. Esse período denominado Guerra Fria, justamente por não apresentar confronto direto entre as duas grandes potências, acaba por demonstrar aspectos hostis e de extremo perigo, visto pela grande concorrência econômica, a corrida armamentista, diversas guerras distribuídas pelo globo – como a da Coréia e do Vietnã –, participação política de ambos os lados em países do Terceiro Mundo (denominação àqueles que não eram socialistas e não eram desenvolvidos) e do Oriente Médio. O aumento da produção de armas atômicas tanto da URSS, EUA, quando de outros países europeus e asiáticos, geraram no panorama e na mentalidade mundial da época a sensação do medo de uma real guerra nuclear. “Gerações inteiras se criaram à sombra de batalhas nucleares globais que, acreditava-se firmemente, podiam estourar a qualquer momento, e devastar a humanidade.” (HOBSBAWM, p224)
Em 1985, apenas alguns anos da queda do muro de Berlim, a Guerra Fria
ainda está predominando no cenário mundial, mantendo uma mentalidade confusa e
complexa, de medo e terror, assim como aspectos que continuavam de pé como a
grande corrida armamentista e a dominação de Países do Terceiro Mundo e Oriente
Médio. Tanta a produção cultural quanto histórica, assim como o meio econômico
e social já haviam sidos afetados de tal forma que se assemelhava a uma crise.
Um contexto exaltado pelo próprio Rorschach: “Agora o mundo todo está na beira
do abismo, contemplando os liberais, intelectuais e sedutores de fala macia que
ardem no inferno... e, de repente, ninguém mais sabe o que dizer.” (MOORE, p1).

Uma coisa, no entanto, não estava sendo levado em conta nesse contexto
tão conhecido por nós, e eles é apresentado, como já dito, pelos heróis da vida
real no mundo alternativo criado pelo escritor Alan Moore e ilustrado por Dave
Gibbons. Os Homens-minuto, a primeira leva de herói – como a dos quadrinhos – no
mundo, teve uma grande importância para a história; eles, no entanto, estavam
vivendo numa época com caráter diferente, sendo eles próprios os primeiros,
ainda não sabiam muito bem o que estavam fazendo e a influência que atingiriam.
Foi a partir da segunda era de heróis que o peso de ser um vigilante mascarado
passou a influenciar muito mais o meio que viviam e alterar fatos
significativos da história.
Pela década de 1960 e 1970 nos Estados Unidos, os novos vigilantes passaram a planejar os métodos em que atingiriam o crime. Nesse período vários fatores importantes cresceram e passaram a influenciar a sociedade igualmente. O surgimento das gangues, o movimento por direitos civis – principalmente do movimento negro e feminista –, movimento estudantil, pacifista, a contracultura, antimilitarismo e protestos antiguerra. Esse último presente entre os jovens que se recusavam a participar da Guerra do Vietnã, juntando-se, muitos, ao movimento Hippie. Criou-se assim na época um espírito de rebeldia, encontrando espaços nos meios culturais como a música e a literatura. “Historiadores chamam os anos 1960 de a ‘longa década’, pois muito da mudança social e cultural dessa década foi sentido ao longo dos anos1970” (PURDY:
2007, p253) Pela influência que os heróis tiveram no cenário sociopolítico
norte-americano, em meio ao chamado “crise de autoridade”, que ainda continuava
viva da década passada, os policiais se revoltaram – “Em 1977, uma cidade
grita. Alegando que os aventureiros mascarados tornaram impossível seu
trabalho, a polícia entra em
greve. Todos se apavoram, farejando a anarquia”( MOORE: 2014,
p130). O que é visto como “crise de autoridade” gerou no contexto estadunidense
várias manifestações e um ódio crescente aos heróis, tanto que podemos ver uma
similaridade com a “caça as bruxas” proclamando pelo Macartismo, sendo os
vigilantes agora o alvo como os comunistas foram na década de 1950. Foi então
que em 3 de agosto de 1977 foi aprovado a Lei Keene e os “heróis”(porque a
opinião publica havia se invertido) tiveram que se aposentar – a vigilância
mascarada se tornara ilegal. Os únicos que continuaram foram Dr. Manhattan e o Comediante, por trabalharem para o governo. Rorschach foi o único que continuou atuando no submundo do crime
sem conexão com o governo; por isso sempre foi caçado pela polícia.
No cenário internacional, esse período é marcado em grande parte pela Guerra do Vietnã e a entrada dos Estados Unidos com seus próprios soldados em 1965. Dr. Manhattan conta que em janeiro de 1971, quando as ofensivas norte-americanas pareciam já não fazerem grandes estragos morais nos inimigos vietnamitas e a grande opinião pública estadunidense era contrária à guerra, o presidente Richard Nixon pede a ele que interfira na guerra. Em junho daquele mesmo ano ela acaba. Trazendo a grande alteração histórica que culminaria na ideia de que Nixon levou os Estados Unidos à vitória, com isso fora eleito presidente até o momento presente na história da HQ.
Pela década de 1960 e 1970 nos Estados Unidos, os novos vigilantes passaram a planejar os métodos em que atingiriam o crime. Nesse período vários fatores importantes cresceram e passaram a influenciar a sociedade igualmente. O surgimento das gangues, o movimento por direitos civis – principalmente do movimento negro e feminista –, movimento estudantil, pacifista, a contracultura, antimilitarismo e protestos antiguerra. Esse último presente entre os jovens que se recusavam a participar da Guerra do Vietnã, juntando-se, muitos, ao movimento Hippie. Criou-se assim na época um espírito de rebeldia, encontrando espaços nos meios culturais como a música e a literatura. “Historiadores chamam os anos 1960 de a ‘longa década’, pois muito da mudança social e cultural dessa década foi sentido ao longo dos anos
No cenário internacional, esse período é marcado em grande parte pela Guerra do Vietnã e a entrada dos Estados Unidos com seus próprios soldados em 1965. Dr. Manhattan conta que em janeiro de 1971, quando as ofensivas norte-americanas pareciam já não fazerem grandes estragos morais nos inimigos vietnamitas e a grande opinião pública estadunidense era contrária à guerra, o presidente Richard Nixon pede a ele que interfira na guerra. Em junho daquele mesmo ano ela acaba. Trazendo a grande alteração histórica que culminaria na ideia de que Nixon levou os Estados Unidos à vitória, com isso fora eleito presidente até o momento presente na história da HQ.
Na conversa que Rorschach está
alertando sobre a morte do Comediante
ao seu antigo parceiro vigilante Daniel
Dreiberg (ex-Coruja), vem à tona
a história de que o próprio Comediante
estava trabalhando para o governo desde 1977, derrubando repúblicas marxistas
na América do Sul. Essa pequena citação abre um leque enorme em que a própria
imagem dele, chamado de quase nazista por Ozymandias
e entendido por Rorschach como um reflexo daquela sociedade, representa o
imperialismo norte-americano, “Word Cop”, e a própria imagem dos Estados Unidos
exportando o Americam Way of Life,
sua cultura, política e ideologia para diversos países do mundo, principalmente
ao restante da América. “A Guerra Fria continuou nos anos 1960 e 1970 e os EUA
nela atuaram por meio de apoio militar, financeiro e político a governar
anticomunistas ou de intervenção diretas. Colaboraram, por exemplo, com os
golpes militares no Brasil em 1964, no Chile em 1973, no Uruguai em 1974, na
Argentina em 1976”
(PURDY, p242).
Dr. Manhattan (alusão ao projeto Manhattan que desenvolveu as primeiras bombas atômicas) tem um grande papel representativo no contexto da Guerra Fria na história do quadrinho. Até o momento inicial da história,1985,
a União Soviética não havia invadido o Afeganistão, fato
histórico que já havia acontecido em 1979. O porquê disso está no medo que a
URSS têm desse personagem, afinal seus poderes de moldar a matéria o tornam
algo aparecido com um deus. É a partir do seu exílio em Marte (sim, ele vai
para Marte rsrs) que Alan Moore passa a representar a histeria e insanidade que
perpassou durante toda a Guerra Fria. O medo de uma última guerra fora firmado
na historia do quadrinho pela invasão do Afeganistão logo após o sumiço do Dr. Manhattan. Os soviéticos, desde o
aparecimento do personagem temido como um deus – proclamado pela mídia que “o
Superman existe e ele é americano” –, demonstram uma hesitação e um medo que os
mantém reclusos em seu próprio espaço. Livres desse perigo eles avançam,
gerando um medo coletivo e crescente que faz mudar completamente o
comportamento das pessoas, visto principalmente nas atitudes de um jornaleiro
na história em quadrinhos, apresentado como muito excêntrico e egoísta, e logo
após a notícia da invasão vê que todos ali deveriam se preocupar uns com os
outros. Esse grande medo também está presente no sonho de Daniel Dreiberg – conhecido antes como o herói Coruja, em que ao beijar Laurie
Juspeczyk (a Espectral),
presenciam uma explosão nuclear – e em várias pichações presentes pela cidade
inteira de um casal de beijando. A ideia promovida por Moore e Gibbons é a de
trazer as sombras de radiação, ainda hoje presentes nas cidades de Hiroshima e
Nagasaki, de seus moradores, fruto da explosão das bombas atômicas
norte-americanas. Essa é a mentalidade que os criadores de Watchmen imprimem são muitas vezes sutis, mesclados em diálogos e
nas imagens apresentado quadro por quadro, em jornais que aparecem ao longo da
história, além de alusões para aspectos de contexto político e ideológico.
Outro ponto metafórico bem destacado é o Relógio do Juízo Final, criado em 1947,
para, conforme os ponteiros se aproximarem da meia-noite, representar a
aproximação de uma Guerra Nuclear. Sendo assim, ao longo da história terá
alusões a esse relógio, além da representação sobrecaída sobre um relógio comum
ilustrado no último capítulo, em que também é a capa da Edição Definitiva da
edição brasileira.

Dr. Manhattan (alusão ao projeto Manhattan que desenvolveu as primeiras bombas atômicas) tem um grande papel representativo no contexto da Guerra Fria na história do quadrinho. Até o momento inicial da história,

Quem Vigia os Vigilantes?
Um dos assuntos que Watchmen discute constantemente ao longo de suas
páginas é um conceito muito importante em nossa sociedade moderna: ser Herói.
Alan Moore e Dave Gibbons decidiram por levar heróis como de quadrinhos a
realidade do mundo, e com isso trazer todo um peso de conhecimento e conceito
em volta de ações heroicas e do ato de “ser herói”. No Universo de Watchmen,
após o surgimento dos Homens-minuto, inspirados muito deles pelas histórias em
quadrinhos, toda o mercado editorial de quadrinhos mudou. O declínio de HQs do
Superman e de outros super-heróis deu espaço a histórias de piratas e
corsários. E isso ainda é comum no presente momento da história, demonstrado
por um quadrinho lido por um jovem, mesclando a história da HQ com a própria
história do Watchmen. O teor então da segunda leva de herói traz um debate
revigorante sobre heroísmo real, trazendo todos os apetrechos de herói e
princípios por baixo de máscaras. Rorschach,
por exemplo, é motivado pela justiça e apenas ela. Frente ao fim do mundo, ele
ainda se vê com o propósito de punir quem merecer. Apesar disso, os heróis da
vida real são humanos, e com isso apresentam os defeitos típicos de seres humanos.
“Em
uma cultura permeada por interesses próprios e passividade autoindulgente em
que as pessoas são mais inclinadas à função de espectador do que de
participante, e preferem o conforto fácil a iniciar uma mudança necessária, nós
podemos esquecer a relativa raridade da motivação por trás do que é uma
atividade verdadeiramente heroica.”
(LOEB; MORRIS, p25)
Uma vez que de fato heróis apresentam defeitos, por mais que guiados por
motivações próprias, mesmo elas sendo honrosas, seriam realmente eles heróis como
no conceito normativo?
Outro ponto importante é ver que se heróis realmente existissem, como
Watchmen propõem trazer, eles seriam uma força diferente de outras já tão
comuns em nosso mundo, e a partir disso estariam sujeitos a aprovação popular,
à mídia e a governos. Visto isso, e visto que esses heróis podem trabalhar por
conta própria, isento de leis, morais e princípios comuns das pessoas, quem os
vigiaria? Essa é uma das pichações que aparecem durante o contexto de 1977 na
história e com a greve dos policiais.
Deveria se ter um controle sobre essas pessoas que acreditam estarem
fazendo um bem para sociedade, vendo que apresentam suas próprias visões da
sociedade, suas próprias morais e éticas, e com isso estaria impondo ao mundo
suas vontades, mesmo que certas para si mesmo?

. . . . . . . . . . . . .
Essa análise foi escrita primeiramente como um trabalho de faculdade para o curso de História da Universidade Tuiuti do Paraná - matéria de Estados Unidos. Fiz algumas alterações na linguagem e adição de um ou outro detalhe, que pode ser importante para o leitor. Decidi não encher de datas e explicações de várias coisas para não ser uma leitura mais chata do que essa acadêmica (rsrsrsrs). Mesmo assim, caso tenham alguma dúvida, comentem. Muitas das coisas que decidi não explicar mais claramente, podem ser encontradas facilmente pela internet.
REFERÊNCIAS:
WATCHMEN, Edição Definitiva. São Paulo: Panini Brasil Ltda, 2015.
HOBSBAWN, Eric j. Guerra Fria.
In: Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das
Letras, 1996.
PURDY, Sean. Rupturas do Consenso:
1960-1980. In: KARNAL, Leandro. História dos Estados Unidos: das origens ao
século XXI. São Paulo: Contexto, 2007.
LOEB, Jeph; MORRIS, Tom. Heróis e Super-heróis. In: IRWIN, William. Super-Heróis e a
Filosofia – Verdade, Justiça e o Caminho Socrático. Madros, 2014.
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