Fate/Stay Night a Profundida em Traços - 24 Quadros
Esse ano vi 5 séries bem distintas. Séries que me arrependo amargamente de não ter visto antes. No entanto, foi apenas com a quinta que tomei vergonha na cara e decidi escrever uma avaliação/ análise/ resenha. Não sei bem direito como eu vou tratar cada matéria dessa coluna, pois vai depender muito do jeito que são as séries, toda via, prometo trazer um bom texto em cada uma, expressando a minha opinião e falando sobre muitos aspectos delas – pontos positivos, negativos; pontos chaves e etc...
Acho que me sinto orgulhoso de começar
essa coluna de Séries de TV(ou tudo que tenha episódios ou capítulos) com uma
desse calibre. Para vocês terem uma ideia, ela foi escolhida dentre outras tão
boas quanto Mr. Robot. No
entanto, quero esclarecer algumas coisas que eu mesmo vivi, pratiquei, odiei e
zuei. Lembro-me no ensino médio, zuando meus amigos que viam anime. Claro que
não zuava porque anime era um lixo e tal, não tinha nada a ver com a qualidade;
eu zuava por zuação e por serem meus amigos. Repito, nada contra animes,
afinal, sou daquela geração que cresceu vendo Dragon Ball, Yu-Gi-Oh,
Pokémon, Digimon e muitas outras que não me lembro agora e que
provavelmente vou me arrepender de não citar. Poxa, eu via anime desde que era
um pimpolho, na época que não havia esses preconceitos todos ou não nos
importávamos tanto com isso porque todo mundo assistia. Para mim era desenho (o
que não deixa de ser) e por mais que todos esses animes, animações da Disney,
Pixar e muitas outras tenham suas definições, para mim sempre foi e sempre será
desenho. E outra, ninguém nunca disse que
desenho são apenas para crianças.
Se você tem preconceito contra isso,
lamento, mas nunca verá algo tão profundo quanto Fate/Stay Night.
Provavelmente vocês devem já ter percebido
que a Netflix não sabe escrever sinopse, pois quando eu li a dessa série, não
fiquei lá muito afim de ver. Não tinha nada para assistir e estava passando
pela minha lista vendo se tinha algo bom. Então, por ter gostado bastante dos
traços da animação e pela cor no geral, decidi colocar no play. Pqp, como
acertei... São duas temporadas (na verdade é apenas uma no original, mas a
Netflix por um acaso decidiu dividir em duas) de 13 episódios, de em média 20
minutos de duração – sendo apenas alguns saindo dessa regra. Então, era mamão
com açúcar para ver. É uma série prática, rápida, e que não me arrependeria
tanto por perder tanto tempo se fosse ruim... E no final, fiquei triste por ser
tão pouco.
Fate/Stay
Night é uma série linda.
Não pelos personagens serem bonitos, a história ser comovente ou ser contada
magistralmente. Na verdade é pelo simples fato da imagem, da cor, dos traços
delas. É da forma que a “câmera” mostra os personagens, as paisagens – juntamente com uma trilha sonora daquelas
imperceptíveis, mas que sem elas o desenho não seria nada.
A ideia dessa série vem de um jogo japonês
criado para adultos, em que não existia muita jogabilidade de combate, mas era
daquele sistema mais ou menos de The Walking Dead da Telltale, ou seja, o forte
é o diálogo; e a série (como amei isso) tratou de fazer exatamente isso. As
cenas de lutas são de cair o queixo, de fazer você se ajoelhar perante elas – cheia
de cores explosivas, de traços pintados como artistas –; mas o forte desde o
principio sempre foi e sempre será os diálogos entre os personagens e até de si
mesmos, pois muitas vezes eles andavam pela cidade sozinhos e pensavam em voz
altas ou consigo mesmo, o que a principio parece um pouco estranho, não natural,
mas que começa a fazer sentindo no momento que você percebe o quanto é possível
desenvolver um personagem com esse esquema. E também por esse motivo que ela é
linda, pois cada fala é suave, bonita, cheia de sentindo e de uma moralismo
ideológico de dar inveja a qualquer ser humano.
Não são confrontos de heróis, de seres
místicos, poderosos, semideuses. O que você vai perceber mais para frente da
série, que o confronto é interno, psicológico, ideológico. Não é uma luta de
magos e heróis numa guerra em busca do santo graal, como está na sinopse. Esse,
na verdade, é apenas o plano de fundo para uma série desenvolvida com extremo
cuidado e maestria na construção de personagens, principalmente de Shirou Emiya e da Rin
Tohsaka, de suas vontades, ideias, seus “eu interior” e objetivos.
A história se passa no Japão na cidade de
Fuyuki, onde sempre acontece a Guerra pelo Santo Graal. Ambos os personagens
principais são magos e que passam a serem um dos sete mestres da guerra. Ao
serem escolhidos para isso, têm o poder de conseguem invocar seus Servos, que
nada mais são que heróis lendários do passado, personagens conhecidos como
Hércules (e outros que deixo a vocês descobrirem na hora), revelando dois
outros – ao meu ver – personagens principais que são os Servos de Shirou e Rin (em cima), Saber(Sabre) e Archer(Arqueiro), respectivamente.
Desde o primeiro episódio eu já me viciei.
São raras as séries que me conseguem amar elas desde o começo. Nem Breaking Bad conseguiu com o
primeiro episódio, ou até Sons of
Anarchy, mas Fate/Stay Night
(assim como Mr. Robot, que me
ganhou nos primeiros 5 minutos) conseguiu. Começa de uma forma muito tranquila,
no cotidiano de Rin Tohsaka, uma
estudante que ao caminhar demonstra o dia calmo, sereno e um pouco até
solitário da “periferia(?)” da cidade. Mostra as árvores brilhando contra o
sol, as folhas sendo levadas pelo vento, um sorriso no rosto... todos os
atributos que fazem um dia extremamente tranquilo e invejoso.
(Saber)
Foi ao repensar nesse primeiro episódio,
já na segunda temporada (eu) que tentei perceber o quanto as coisas começaram a
tomar caminhos sérios. Uma transformação brutal conforme a série vai passando e
o laço entre Shirou e Rin vão se estreitando. Os primeiros
episódios são assim, com a relação de amizades, deixando claro já os desejos de
cada um, apresentando personagens lindos, marcantes, empáticos ao extremo,
fofos, engraçados, irritantes. Personagens que são difíceis de encontrar em
filmes, ou em qualquer outro lugar. Serão episódios de diálogos, mas conforme a
numeração dos episódios for aumentando, a Jornada do Herói começará a se
desenrolar, apresentando as primeiras dificuldades, as lutas entre os Servos, a
apresentação de mistérios, de pontas soltas.
Shirou é a personificação do ideal de um mundo
sem sofrimento, onde todos possam ser felizes, e para isso ele não hesitara em
sacrificar a si mesmo para tentar buscar esse seu desejo, pois no final ele só
pode alcançar a sua felicidade quando ver e sentir os outros feliz. Percebemos
esse aspecto como um dos arcos principais conforme ele vai ganhando grande
espaço em toda a histórias, com episódios inteiros com esse plano de fundo que
muitas vezes bate de frente com o desejo de Rin – que aos poucos ela vai descobrindo – de fazer Shirou se importar primeiramente com si
mesmo, para depois dar importância para os outros.
Na verdade os personagens são mais que
isso, são espetaculares, daqueles que você vai amar sempre. Por isso mesmo
decidi não mais falar deles, para não perder a graça. Isso é uma das coisas que
quero deixar claro, não contarei muita da história, nem mesmo dos personagens,
pois acredito que apreciaremos mais livros, séries, HQs quando não temos muitas
expectativas formadas. Continuando...
Se você for assistir, esteja ciente que
vai acabar se apegando a muitos personagens da série. Então se cuide, pois
quando acabei fiquei simplesmente perdido por umas boas horas, sem ter muita
reação, apenas apreciando cada cena que tinha visto, cada diálogo, refletindo
inúmeras vezes sobre ela e o grande arco que se fechou no final. A impressão
que dá é que jamais vamos entender tudo que está ali nos personagens, na
história, nas simbologias, nas representações e em cada aspecto dela. Descobri
em um desenho uma profundidade rara de se encontrar em outros lugares; e assim
como Bran Stark diz: “Velhas Histórias são como velhos amigos. Temos de
visitá-las de vez em quando”, visitarei essa série muitas vezes enquanto viver,
sem receio de encontrar falhas ou deixar de gostar.
“Eu
sou o osso da minha espada ...”
(Archer)
Desenvolvedor: Type-Moon
Escritor: Kinoko Nasu
Ilustrador: Takashi Takeuchi
Está aí de fato um obra japonesa que me faz perder o fôlego, principalmente por causa do estúdio responsável pela animação, não e muito famoso já que raramente está presente nas "temporadas de animes" porém quando ele aparece, vem com obras surreais, com qualidade gráfica, artística e com roteiros excelentes, foi oque me fez começar a "acompanhar" alguns animes.
ResponderExcluirE sobre isso, acho como você chegou a gostar da profundidade de fate/stay night, tenho certeza que irá gostar de yahari ore seishun rabukome wa machigatteiru (ou só oregairu) eu acredito que chega a ser mais gostoso de assistir do que o próprio fate, pelo motivo ele mostrar algo mais "real", não e algo que eu possa explicar em um pequeno comentário, mas tenho certeza que irá te atrair com monólogos de cair o queixo e questões filosóficas bem trabalhadas, tudo isso com um toque de romance e uma pitada de comédia.
Bom eu poderia falar também de shigatsu wa kimi no uso, que para mim foi a obra (anime) que mais me marcou, que mais me prendeu na tela (se bem que não vi muita coisa até agora), mas isso fica a seu criterio, ver ou não mais uns ou não, caso queira alguma dica, estamos aí para debater um livro ou série.
Agradeço o comnetário, Raul! Vou anotar todas essas sugestões apra minha enorme lsita de animes que parece ter surgido com esse post e em seus comentários no facebook. Mas, cá entre nós, acho que vou dar prioridade para os seus rsrs Recomenda também uma série ou livro?
ExcluirLivro não tenho muitas indicações, acho que oque eu posso recomendar e a saga de "A Roda do Tempo", "Eu sou o mensageiro" do mesmo escritor de a menina que roubava livros, "As Mentiras de Locke Lamora"
ExcluirJá sobre series não tenho nada mesmo, eu só ando vendo serie de super herói.
Filmes ai já e outra historia, e uma coisa que eu faço com muita frequência.
Opa, todos esses eu j[a ouvi falar e estou esperando que as séries sejamm completadas aqui no Brasil para companahr elas. Eu sou o mensageiro já foi lido, amo. O final realmente me surpreendeu e foi algo genial...Bem, de filmes, o que tu me diz?
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFoi com a primeira versão desse anime em 2006 que eu me apaixonei por completo por animes,pois como vc só via os que passava na TV aberta,e desde te então já acompanhei tantos animes que me encantaram que poderia escrever um livro falando deles,rsrsrs,entre eles oregairu que é ótimo diga-se de passagem,assistir as 2 temporadas,e estou na torcida da 3,em relação a Fate,não tenho palavras para descrever o quando amo esse anime,já assistir a duas vezes,e vou assisti-lo outras vezes,pois ele é um ótimo exemplo de ótima historia,personagens e animação,Parabéns pelo texto.Abraço
ResponderExcluirAgradeço, Thiago!!! De fato, animes(que não sejam o classicos) s[o agora que estão chegando a mim... e fico cada vez mais feliz por ver como em até desenhos podemos encontrar boas histórias.
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